Comunicação Integrada _ Luís Paulo Rodrigues
Comunicação
13-08-2019

A comunicação perfeita

LUÍS PAULO RODRIGUES

Em comunicação, mais importante do que a emissão da mensagem é a sua receção. Porque a forma como uma mensagem é recebida vai condicionar a perceção do recetor.

Assim, quando comunicamos uma mensagem, uma coisa é aquilo que queremos dizer. Outra coisa, bem distinta, é aquilo que os outros percecionam daquilo que dizemos. É por isso que uns que conseguem fazer passar a sua mensagem e outros não conseguem. Isto aplica-se em todos os tipos de comunicação, seja na comunicação política, na comunicação empresarial, na comunicação desportiva, na comunicação interpessoal, etc..

Para que a nossa comunicação seja eficaz e surta o efeito desejado não basta comunicar. É fundamental que os destinatários entendam aquilo que dizemos e percecionem corretamente aquilo que queremos dizer.

Enquanto emissores, temos um quadro de referência de emissão, baseado no nosso conhecimento sobre aquilo que queremos comunicar, que condiciona o conteúdo da nossa mensagem, assim como cada recetor tem o seu quadro de referência de receção e perceção da mensagem, igualmente baseado no seu conhecimento sobre o assunto em causa, na sua formação, na sua experiência de vida e na sua cultura, o que define o conteúdo percebido.

Uma comunicação eficaz deve ter em conta que o recetor tem muito pouca informação de enquadramento sobre aquilo que queremos dizer, ou pode mesmo não ter nenhuma informação. Se pensarmos assim, a nossa comunicação será mais simples e mais clara e seremos entendidos mais facilmente.

Em conclusão, estaremos perante uma comunicação perfeita quando os destinatários da nossa mensagem percecionam exatamente aquilo que dizemos e aquilo que queremos dizer. Parece fácil, mas, no mundo em que vivemos, em que os públicos têm múltiplos quadros de referência, uma comunicação perfeita constitui um desafio constante para todos os conselheiros de comunicação, comunicadores e técnicos de marketing.
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